O QUE É?
Mapa de Risco é uma representação gráfica de um conjunto de fatores presentes nos locais de trabalho (sobre a planta baixa da empresa, podendo ser completo ou setorial), capazes de acarretar prejuízos à saúde dos
trabalhadores: acidentes e doenças de trabalho.
Tais fatores têm origem nos diversos elementos do processo de trabalho (materiais, equipamentos, instalações, suprimentos e espaços de trabalho) e
a forma de organização do trabalho (arranjo físico, ritmo de trabalho, método de trabalho, postura de trabalho, jornada de trabalho, turnos de trabalho, treinamento, etc.)”.
PARA QUE SERVE?
Serve para a conscientização e informação dos trabalhadores através da fácil visualização dos riscos existentes na empresa.
Reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação de segurança e saúde no trabalho na empresa.
Possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e divulgação de informações entre os trabalhadores, bem como estimular sua participação nas atividades de prevenção.
COMO SÃO ELABORADOS OS MAPAS?
Conhecer o processo de trabalho no local analisado: os trabalhadores: número, sexo, idade, treinamentos
profissionais e de segurança e saúde, jornada; os instrumentos e materiais de trabalho; as atividades exercidas; o ambiente.
Identificar os riscos existentes no local analisado, conforme a classificação específica dos riscos ambientais.
Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia. Medidas de proteção coletiva; medidas de organização do trabalho; medidas de proteção individual; medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatórios, vestiários, armários, bebedouro, refeitório, área de lazer.
Identificar os indicadores de saúde, queixas mais freqüentes e comuns entre os trabalhadores expostos aos mesmos riscos, acidentes de trabalho ocorridos, doenças profissionais diagnosticadas, causas mais freqüentes de ausência ao trabalho.
Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local.
- Elaborar o Mapa de Riscos, sobre o layout da empresa, indicando através de círculos.
- O grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada.
- O número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro do círculo.
- A especificação do agente (por exemplo: químico - sílica, hexano, ácido clorídrico; ou ergonômico-repetitividade, ritmo excessivo) que deve ser anotada também dentro do círculo.
- A intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve ser representada por tamanhos proporcionalmente diferentes de círculos.
- Quando em um mesmo local houver incidência de mais de um risco de igual gravidade, utiliza-se o mesmo círculo, dividindo-o em partes, pintando-as com a cor correspondente ao risco.
- Após discutido e aprovado pela CIPA, o Mapa de Riscos, completo ou setorial, deverá ser afixado em cada local analisado, de forma claramente visível e de fácil acesso para os trabalhadores.
RISCOS AMBIENTAIS
Compreendem os seguintes riscos:
- Agentes químicos.
- Agentes físicos.
- Agentes biológicos.
- Agentes ergonômicos.
- Riscos de acidentes decorrentes do ambiente de trabalho.
São capazes de causar danos à saúde e à integridade física do trabalhador em função de sua natureza, intensidade, suscetibilidade e tempo de exposição.
TIPOS DE RISCOS AOS QUAIS O TRABALHADOR ESTÁ EXPOSTO
RISCOS FÍSICOS
- São aqueles gerados por máquinas e condições físicas características do local de trabalho, que podem causar danos à saúde do trabalhador.
RISCOS FÍSICOS:
- Ruídos
Conseqüências: Cansaço, irritação, dores de cabeça, diminuição da audição, aumento da pressão arterial, problemas do aparelho digestivo, taquicardia e perigo de infarto.S FÍS
- Vibrações
Conseqüências: Cansaço, irritação, dores dos membros, dores na coluna, doença do movimento, artrite, problemas digestivos, lesões ósseas, lesões dos tecidos moles, lesões circulatórias, etc.
-Calor
Conseqüências: Taquicardia, aumento da pulsação, cansaço, irritação, choques térmicos, fadiga térmica, perturbações das funções digestivas, hipertensão.
- Radiações ionizantes.
Conseqüências: Alterações celulares, câncer, fadiga, problemas visuais, acidentes de trabalho.
- Radiações não ionizantes.
Conseqüências: Queimaduras, lesões nos olhos, na pele e nos outros órgãos.
- Umidade.
Conseqüências: Doenças do aparelho respiratório, quedas, doenças de pele, doenças circulatórias.
- Frio.
Conseqüências: Fenômenos vasculares periféricos, doenças do aparelho respiratório, queimaduras pelo frio.
- Pressões anormais.
Conseqüências: Hiperbarismos – Intoxicação por gases Hipobarismo – Mal das montanhas.
RISCOS QUÍMICOS
- São aqueles representados pelas substâncias químicas que se encontram nas formas líquida, sólida e gasosa, e quando absorvidos pelo organismo, podem produzir reações tóxicas e danos à saúde.
RISCOS QUÍMICOS
- Poeiras minerais Ex: sílica, asbesto, carvão, minerais.
Conseqüências: Silicose (quartzo), asbestose (amianto) e pneumoconiose dos minerais do carvão.
- Poeiras vegetais Ex.: algodão, bagaço de canade-açúcar.
Conseqüências: Bissinose (algodão), bagaçose (cana-de-açúcar), etc.
- Poeiras alcalinas.
Conseqüências: Doença pulmonar obstrutiva crônica e enfisema pulmonar.
- Poeiras incômodas.
Conseqüências: Podem interagir com outros agentes nocivos no ambiente de trabalho potencializando sua nocividade.
- Fumos metálicos.
Conseqüências: Doença pulmonar obstrutiva crônica, febre de fumos metálicos e intoxicação específica de acordo com o metal.
- Névoas, gases e vapores(substâncias compostas ou produtos químicos em geral.
Conseqüências: Irritantes: irritação das vias aéreas superiores
Ex.: ácido clorídrico, ácido sulfúrico, amônia, cloro etc.
Asfixiantes: dores de cabeça, náuseas, sonolência, convulsões, coma,
morte etc.
Ex.:hidrogênio, nitrogênio, metano, acetileno, dióxido e monóxido de
carbono etc.
Anestésicas: a maioria dos solventes orgânicos tendo ação depressiva
sobre o sistema nervoso, podendo causar danosos diversos órgãos e ao
sistema formador do sangue.
Ex.: butano, propano, benzeno, aldeídos, cetonas, tolueno, xileno, álcoois
etc.
RISCOS BIOLÓGICOS
São aqueles causados por microorganismos como bactérias, fungos, vírus e outros. São capazes de desencadear doenças devido à contaminação e pela própria natureza do trabalho.
RISCOS BIOLÓGICOS
- Vírus, bactérias e protozoários.
Conseqüências: Doenças infecto-contagiosas. Ex.: hepatite, cólera, amebíase, AIDS, tétano, etc.
- Fungos e bacilos.
Conseqüências: Infecções variadas externas (na pele, ex.: dermatites) e internas (ex.: doenças pulmonares).
- Parasitas.
Conseqüências: Infecções cutâneas ou sistêmicas podendo causar contágio.
RISCOS ERGONÔMICOS
- Estes riscos são contrários às técnicas de ergonomia, que exigem que os ambientes de trabalho se adaptem ao homem, proporcionando bem estar físico e psicológico.
- Os riscos ergonômicos estão ligados também a fatores externos (do ambiente) e internos (do plano emocional), em síntese, quando há disfunção entre o indivíduo e seu posto de trabalho.
RISCOS ERGONÔMICOS
- Esforço físico.
-evantamento e transporte manual de pesos.
-Exigências de posturas.
Conseqüências: Cansaço, dores musculares, fraquezas, hipertensão arterial, diabetes, úlcera, doenças nervosas, acidentes e problemas da coluna vertebral.
- Ritmos excessivos.
- Trabalho de turno e noturno.
- Monotonia e repetitividade.
- Jornada prolongada.
- Controle rígido da produtividade.
- Outras situações (conflitos, ansiedade, responsabilidade).
Conseqüências: Cansaço, dores musculares, fraquezas, alterações do sono, da libido e da vida social, com reflexos na saúde e no comportamento, hipertensão arterial, taquicardia, cardiopatia, asma, doenças nervosas, doenças do aparelho digestivo (gastrite, úlcera, etc.), tensão, ansiedade, medo e comportamentos estereotipados.
RISCOS MECÂNICOS OU DE ACIDENTES
- Os riscos mecânicos ou de acidentes ocorrem em função das condições físicas (do ambiente físico de trabalho) e tecnológicas impróprias, capazes de colocar em perigo a integridade física do trabalhador.
RISCOS MECÂNICOS
- Arranjo físico inadequado.
Conseqüências: Acidentes e desgaste físico excessivo.
-Máquinas sem proteção.
Conseqüências: Acidentes graves.
- Iluminação deficiente.
Conseqüências: Fadiga, problemas visuais e acidentes de trabalho.
- Ligações elétricas deficientes.
Conseqüências: Curto-circuito, choques elétricos, incêndios, queimaduras, acidentes fatais.
- Armazenamento inadequado.
Conseqüências: Acidentes por estocagem de materiais sem observação das normas de segurança.
- Ferramentas defeituosas.
Conseqüências: Acidentes, principalmente com repercussão nos membros superiores.
- Equipamento de proteção individual inadequado.
Conseqüências: Acidentes e doenças profissionais.
- Animais peçonhentos (escorpiões, aranhas, cobras).
Conseqüências: Acidentes por animais peçonhentos.
Possibilidade de incêndio ou explosão.
Outras situações de risco que podem contribuir para a ocorrência de acidentes.