sábado, 23 de julho de 2011

RISCOS DE ACIDENTENS EM AÇOUGUES E PADARIAS DEVEM SER EVITADOS

Quando pensamos em acidentes de trabalho logo lembramos de construção civil e indústrias metalúrgicas. O que não ¬salta aos olhos são o seguimento varejista e a indústria alimentícia. No entanto, são muitos os postos de trabalhos que apresentam riscos potenciais de acidentes graves nessas áreas, inclusive, em alguns casos com possibilidade de óbito. E por que esse se¬guimento está apresentando um número tão elevado de acidentes?

O aumento da produção e o crescimento da automatização dos processos produ¬tivos são responsáveis pelos índices expressivos. No entanto, as máquinas não foram feitas para facilitar a vida do homem? Essa não é uma verdade absoluta.

As máquinas e os processos produtivos fo¬ram criados para buscar o lucro, somos uma sociedade capitalista e a nossa grande motivação é produzir e lucrar cada vez mais com isso. Por maior que seja o posicionamento de algumas empresas na questão segurança de seus trabalhadores, não há nada que supere o objetivo final, o lu¬¬cro. Tendo conhecimento disso podemos avaliar o contexto em que estamos in¬seridos.

Ao mesmo tempo em que temos discursos voltados para segurança, procedimentos rí¬gidos, normativas corporativas e cer¬tifi¬ca¬ções específicas de segurança, somos crí¬ticos de normas como a nova NR 12, ques¬tionamos a atuação de fiscalizações e pensamos ser demasiadamente alto o in¬ves¬timento em equipamentos de segurança.

Fica uma dúvida no ar: quem ¬consciente de estar correndo sérios riscos de acidentes operaria uma máquina perigosa? Talvez um ou outro trabalhador com um certo "ímpeto" acima da média das outras pessoas, mas isso cai por terra quando uma imagem de um acidente grave é apresentada a esse profissional.

Os preven¬cio¬nistas não admitem a hipótese da mínima ex¬posição ao risco, mas, então, por que são tão reativos aos custos da implantação de se¬gurança para máquinas?

Na maioria dos casos, os prevencio¬nis¬tas são corretivos, atuam somente após a no¬tificação da fiscalização, após a interdição/em¬bargo ou após o acidente. Essa questão é cultural.

As empresas estão abarrotadas de processos administrativos que deixam seus profissionais de SST muito ocu¬pados. Além disso, ainda não existe um amadurecimento corporativo sobre a importância des¬se departamento dentro da es¬tratégia de mercado das empresas. Portanto, fica ca¬da vez mais evidente a impor¬tância de mo¬vimentos para a gestão de se¬gurança, capacitando e orientando proffissionais de SST.

As normas e leis estão presentes e os a¬gentes públicos cada vez mais fo¬cados em cumpri-las.

Fonte: Revista Proteção

Autor: Leonardo Andrade do Nascimento